Minutos depois que a Apple divulgou seu recorde de lucro trimestral, a Associated Press publicou a matéria "Apple supera as previsões de lucro do primeiro trimestre" [1]. Índices de desempenho de empresas listadas na bolsa de valores são uma necessidade indispensável para qualquer investidor, porém pode ser monótono e estressante, exigindo uma combinação de precisão e rapidez.
Essa é uma das razões pelas quais, diversas mídias como a Associated Press, Los Angeles Times, Forbes, Yahoo dentre outras, estão adotando robôs automatizados com Inteligência Artificial para escreverem histórias na mídia como se fossem de um repórter atento aos últimos acontencimentos. Estes robôs produzem diariamente milhares de notícias publicadas por agências como a Reuters, sobre assuntos variados como os balanços das empresas, os resultados dos jogos esportivos do fim de semana ou boletins de crimes policiais. Em geral, os textos não são dotados de elegância, se asemelham a uma bula de remédio. Porém, são capazes de satisfazer leitores mais ansiosos ao transmitir as informações com agilidade e exatidão.
Apesar de todo o alarde, os algoritmos de IA são ineficazes (por enquanto) para estabelecer relações complexas entre fatos, como por exemplo, desvendar relações imprevistas entre fatos aparentemente desconectados, ou separar a verdade da mentira. Segundo uma reportagem da Folha de São Paulo [3], uma empresa britânica desenvolveu robôs para monitorarem os discursos no Parlamento e apontar falsas informações dos políticos em tempo real, ajudando repórteres de caneta e papel a desmenti-los rapidamente.